Artigo


VERDADES  SOBRE A ESPERANÇA DA RESSURREIÇÃO


Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; João 11.25

Ao longo dos primeiros séculos da era cristã, a Igreja foi desenvolvendo suas doutrinas, seu escopo teológico. Os apóstolos, os pais da Igreja (Patrística) e bispos dos primeiros séculos; sob a direção do Espírito Santo definiram temas importantes. 

Em 325 d.C, na cidade de Nicéia (Atual IZNIK – Turquia), houve um concílio liderado pelo Imperador Constantino onde foi estabelecido o CREDO (A confissão de fé é uma declaração das crenças compartilhadas de uma comunidade religiosa em uma forma estruturada por tópicos). Nele, Jesus foi o tema central e foram estabelecidas algumas verdades fundamentais para a Fé Cristã.  Algumas decisões: Jesus: Luz da Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus; Gerado, não criado; De uma só substância com o pai; Por quem foram feitas todas as coisas nos céus e na terra, etc. 

Uma das motivações desse concílio foi combater possíveis heresias que começavam a serem disseminadas em alguma daquelas regiões. Entre elas, a do Bispo Ario (que deu origem ao Arianismo), que afirmava que Jesus, como filho de Deus, fora criado e não gerado por Deus.

No início do cristianismo, nos dias apostólicos, Paulo foi um instrumento nas mãos de Deus para defender ensinos fundamentais da Fé Cristã; e dentre os temas mais importantes está o da ressurreição. Ele escreve sobre esse assunto em suas cartas ao Romanos, Tessalonicenses e dedica um capítulo inteiro aos irmãos de Corinto em sua primeira epístola àquela Igreja. Vejamos alguns destaques:

I – A DOUTRINA DIANTE DAS OPOSIÇÕES

Na vida sempre encontramos oposições. Seja no trabalho, na política, nos esportes e até mesmo na vida familiar. Não seria diferente no campo religioso. Paulo, quando ainda Saulo de Tarso, foi opositor ferrenho dos que seguiam o Caminho. Agora, convertido e defendendo o Evangelho, seria natural encontrar oposição também.

  • Alguns não tinham esperança

 “Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança” (1 Tessalonicenses 4.13).

Infelizmente existem muitas pessoas pensando que a vida termina com a morte. Daí a importância do Evangelho, que apresenta salvação, perdão e esperança de vida eterna. Que anuncia o arrebatamento da Igreja e a ressurreição dos mortos, que fala do Corpo de Glória e da Nova Jerusalém. 

Sabemos que a morte é uma realidade, e Paulo afirma que ela é inimiga de Cristo – “E o último inimigo a ser destruído é a morte” (I Coríntios 15. 26). Contudo, Cristo venceu a morte e nos garante grande vitória –“Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”(1 Coríntios 15.57).

  • Outra realidade - A NEGAÇÃO

“Ora, se está sendo pregado que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como alguns de vocês estão dizendo que não existe ressurreição dos mortos” (1 Coríntios 15:12)?

            Os saduceus não criam na ressurreição. Certa ocasião foram provocar Jesus sobre esse tema. Baseado na lei de Moisés sobre o Levirato, onde a viúva sem filhos de um homem tinha o direito de se casar com o irmão deste; então, disseram que uma mulher teve sete maridos, quem seria seu marido na ressurreição? Então Jesus respondeu: “Quando os mortos ressuscitam, não se casam nem são dados em casamento, mas são como os anjos nos céus” (Marcos 12.25).

            A ressurreição é doutrina básica do cristianismo e se opõe claramente à reencarnação. Jesus disse: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá”. João 11.25

II – FÉ NA VERDADE DAS ESCRITURAS.

  • Paulo cita as Escrituras.

“Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4. foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras”, (1 Coríntios 15.3,4).

  • Destaca as testemunhas oculares da ressureição.

5. e apareceu a Pedro e depois aos Doze. 6. Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. 7. Depois apareceu a Tiago e, então, a todos os apóstolos; 8. depois destes apareceu também a mim, como a um que nasceu fora de tempo (1 Coríntios 15.5-8).

  • Reforça a Confissão da Fé.

Diante dos fatos apresentados, especialmente que Jesus apareceu a muitos após a ressurreição, era necessário crer na mensagem apostólica sobre o Evangelho. Paulo reforça isso aos Tessalonicenses –“Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e juntamente com ele, aqueles que nele dormiram” (1 Tessalonicenses 4.14).

            Aos irmãos de Roma, Paulo afirma que a mensagem de esperança está nos lábios e no coração – “Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. 10. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação(Romanos 10.9,10).

III – A ORDEM DOS ACONTECIMENTOS

Deus é extremamente organizado. Há ordem para todas as coisas debaixo do sol. Não seria diferente com a ressurreição.

  • Os mortos “em Cristo” ressuscitam primeiro – 

“Dizemos a vocês, pela palavra do Senhor, que nós, os que estivermos vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, certamente não precederemos os que dormem” (1 Tessalonicenses 4.15).

  • Existe um protocolo de comando.

Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Tessalonicenses 4.16).

  • Então acontecerá o arrebatamento.

Depois disso, os que estivermos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre. 18. Consolem-se uns aos outros com estas palavras” (1 Tessalonicenses 4.17,18).

CONCLUSÃO: Pregar o Evangelho é uma santa tarefa. É uma mensagem acompanhada de doutrina, de verdades teológicas fundamentais. As ovelhas que Deus nos confiou precisam estar convictas sobre esse momento tão aguardado: “A ressurreição dos mortos e o arrebatamento dos vivos”!  Louvado seja o Nosso Deus!

Pr. Roberto Monteiro de Castro

DATA DA ATUALIZAÇÃO: 3 anos atrás