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A MULHER E SEU PAPEL NO PLANO DE DEUS

Quando a mulher foi criada por Deus Adão estava só. E Deus foi claro quando disse: “Não é bom que o homem esteja só, far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. Na NVI – “alguém que o auxilie e lhe corresponda" (Gn 2.18).

Será que todos nós que somos casados temos coragem de contestar esta verdade bíblica? O que seria de nós sem nossas amadas esposas? Deus, em sua eterna sabedoria, sabia o quanto seria importante para nós, varões, a presença e atuação da mulher em nossas vidas e em nossos lares.

Não, este artigo não tem cunho machista. Não estamos tratando de machismo ou feminismo. Estamos falando de uma parceria que nos planos de Deus deveria dar certo: homem e mulher, marido e esposa, “osso de meus ossos, carne de minha carne” (Gn2. 23).

A mulher nunca foi e nunca será menor do que o homem. Deus nunca disse isso. É evidente que a queda trouxe problemas tanto para o homem como para a mulher. O peso para ela foi grande. A concepção se tornou mais difícil, com dores, com sofrimento. Dá-nos a entender que, provavelmente, antes da queda houve um tempo em que Eva concebia com mais tranquilidade. É possível que a terra já estivesse povoada de filhos antes da queda, pois a ordem de serem férteis foi dada antes daquele trágico acontecimento.

Isso explicaria o fato da fuga de Caim e o medo de ser morto durante sua peregrinação pela terra: “Hoje me expulsas desta terra, e terei que me esconder da tua face; serei um fugitivo errante pelo mundo, e qualquer que me encontrar me matará"(Gn 4.14).

Sabendo que a queda trouxe mais esta implicação: “Seu desejo será para o seu marido, e ele a dominará"(Gn 3.16), louvamos a Deus que, pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo, tanto homem como mulher são restaurados na mesma condição salvífica perante Deus. A Graça de Cristo nivela homem e mulher diante do Altíssimo e liberta a ambos do peso da queda.

Não obstante, o que vemos em muitas sociedades é a mulher sendo subjugada a um tipo de escravidão cultural e social. Também percebemos que em sociedades democráticas como o Brasil, a violência contra a mulher tem maculado o respeito, a dignidade, o valor da mulher na família e sociedade. O feminicídio, as agressões psicológicas e físicas demonstram que a maior parte da sociedade ainda está em trevas e não alcançou as bênçãos da Graça de Deus.

À semelhança da mulher virtuosa de Provérbios 31, percebemos a capacidade da mulher de ocupar papeis importantes na vida profissional. Na medicina, magistratura, na engenharia, nas forças amadas, na educação e em tantas frentes profissionais, a mulher tem sido, porque não dizer, por vezes mais competente que os homens no cumprimento de suas tarefas. E não somente isso. Por vezes mais cuidadosas, mais dedicadas, mais profissionais que muitos varões.

Hoje, grande parte das mulheres tem jornada dupla. São profissionais ,dedicam boa porção de seu tempo ao trabalho secular e são esposas e mães também. Ao chegar a casa depois de um dia de trabalho vão para o segundo tempo do “jogo” da vida. Cuidam dos filhos, do marido e da casa. É evidente que os maridos modernos são mais parceiros e aprenderam a dividir as lidas da rotina do lar.

Contudo, a mulher que decide focar sua vida no cuidado do esposo e dos filhos não é menor, nem menos importante do que a mulher que segue uma carreira profissional. Ser uma administradora do lar é tarefa demais importante. Acompanhar o crescimento dos filhos, inclusive revisando as lições de casa e participando ativamente do desenvolvimento, sendo suporte nas fases de crescimento é, sem dúvida, plano de Deus.

Quantas mulheres são a tesoureira do lar, cuidando da finança, do abastecimento da casa, da aquisição de móveis, da condução da manutenção, sem, contudo serem as provedoras diretas. Sem dizer o papel importante que cumprem no Reino de Deus, na Igreja local como pastoras e/ou esposas de pastores, musicistas, professoras, na administração, na diaconia, etc.

Voltando à família, contudo, a mulher não é “o cabeça” do lar(Ef 5. 22,23). Não é a líder espiritual do lar. Quem tem esta responsabilidade é o varão. Sabemos que há mulheres que são líder por natureza, mas o homem que abre mão de sua liderança no lar está em desacordo com os princípios de Deus. Não podemos confundir a administração natural da rotina da casa, função nata da esposa, com liderança espiritual e emocional do lar, função do marido.

Mas a mulher sábia edifica o seu lar. Ajuda e alerta seu companheiro de situações que por vezes ele está desatento. A mulher sábia não fala mal de seu marido. Não joga os filhos contra o pai. Não compartilha da intimidade da família a outras pessoas. A mulher sábia luta por sua família. Pelo esposo e filhos. A mulher sábia ama, perdoa, tem paciência.

A mulher, com a sabedoria de Deus, sabe influenciar positivamente o relacionamento com o marido e os filhos, gerando unidade e paz na família. Você conhece alguém assim? Sim, minha esposa é essa mulher. Glórias a Deus por isso.

Desejo que o amado leitor possa dizer o mesmo de sua companheira. Amém!

DATA DA ATUALIZAÇÃO: 5 anos atrás